Logo
Uso de bagaço de uva na nutrição de bovinos de corte
Uso de bagaço de uva na nutrição de bovinos de corte

Uso de bagaço de uva na nutrição de bovinos de corte

nutriNews BrasilnutriNews Brasil
Sobre este episodio

17 outubro 2023

Views icon0

Uso de bagaço de uva na nutrição de bovinos de corte: uma alternativa nutricional rentável

O uso de subprodutos de agroindústrias na formulação de dietas de ruminantes pode ser uma estratégia para reduzir o custo de produção, bem como, uma oportunidade e ferramenta que possibilita a pecuária sustentável, devido a capacidade de os ruminantes converterem insumos não comestíveis em proteína de alto valor (carne e leite). Além da ótima relação custo-benefício, resíduos agroindustriais podem conter em sua composição compostos bioativos, que mostram ter capacidades funcionais ao organismo animal (SANTANA-MÉRIDAS et al. 2012). Visto com bons olhos pelos pecuaristas, a inclusão de resíduos agroindustriais na nutrição de ruminantes vem tomando espaço, sendo umas das estratégias alimentares em mais de 70% das fazendas brasileiras que possuem confinamento. Segundo Pinto e Millen (2018), os três coprodutos mais utilizados são:
  • Caroço de algodão (36,4%);
  • Polpa cítrica granulada (27,3%);
  • Casca de soja (21,2%) e
  • Casca de algodão com alto teor de óleo (15,1%).
Na região Sul, por questões logísticas e econômicas, o caroço de algodão não possui uma utilização expressiva, diferente da média nacional relatada por Pinto e Millen (2018). Isso faz com que exista a necessidade de explorar coprodutos regionais, os quais possam viabilizar seu uso, por conta do seu baixo custo. Isto posto, enfatiza o potencial do resíduo de bagaço de uva na região sulina brasileira. O QUE É O RESÍDUO DE BAGAÇO DE UVA (RBU)? O RBU, é gerado após a prensagem dos cachos de uva durante a produção de vinho, sucos e seus derivados. Neste processo são gerados cerca de 200g/kg da massa total de uvas processadas em resíduo. Sua composição de partículas comumente possui em torno de 473g/kg de casca, 277g/kg de talos e 250g/kg de sementes no bagaço in natura De modo geral, este resíduo é caracterizado pela alta concentração de fibras e sua baixa digestibilidade, assim como grande quantidade de extrato etéreo. Contudo, podem sofrer alterações de acordo com mudanças nas participações das partículas.

Podcasts recomendados

14802

Novas exigências nutricionais para aves e suínos – Prof. Horácio Rostagno

14629

Digestibilidade do fósforo – Visão especializada Phosphea

14610

Aditivos para um controle ambiental de forma natural

13855

Formulação de premix vitamínico para não ruminantes – Parte I

13793

Período seco e de transição em vacas leiteiras

13732

O papel da nutrição na melhoria da produção de peixes no Brasil

13639

Farinha de minhoca como alimento alternativo na dieta de poedeiras

13544

Óxido de Zinco: altos níveis podem ser prejudiciais à saúde de leitões